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Portugal rende-se a Benjamin Clementine

30/11/2015

No essencial, a mensagem de Benjamin Clementine será de amor e esperança, mas um amor e esperança que nascem da tormenta. É um tough love transmitido por uma voz capaz de derrotar a própria trovoada (…). É um barco que, na segunda metade do concerto, se aventura por águas nunca navegadas (pelo público), apresentando inéditos e prometendo muito futuro. É uma estrela que vimos nascer esta noite. Blitz

Só piano e bateria é uma conjugação invulgar, pelo menos fora das formações do jazz, e apresentado assim ao mainstream confunde a sua definição de género e a catalogação simples e também por essa raridade o espectáculo de Benjamin Clementine é um sucesso. Mas aquilo que ele toca é pop de câmara, art rock minimal, ópera rock, é uma soul solene ou uma outra nova espécie de avant garde? É expressionismo (…). Jornal de Notícias

Benjamin Clementine não é apenas dono de uma história que conquista naturalmente o público. É-o porque tem talento, não marketing. Isso ficou à vista hoje [em Lisboa], tal como já tinha ficado em Braga, no Porto e em Aveiro (…). Observador

O som do piano foi subindo de intensidade, ligeiramente. E depois ouviu-se aquela voz, qualquer coisa de sobrenatural, das entranhas do mundo, se fez escutar e o Coliseu e a Avenida da Liberdade e – temos a certeza – Lisboa inteira, ficou muda, de olhos brilhantes, totalmente atónita, deixando por momentos as miudezas da vida, virando-se para o essencial, para a humanidade daquela voz, daquela música. Público

Culminou em Faro, no passado Sábado, dia 28 de Novembro, a digressão nacional de Benjamin Clementine. Foram 5 concertos, todos esgotados, que decorreram em algumas das salas mais emblemáticas do país como o Theatro Circo, em Braga, a Casa da Música, no Porto, e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Benjamin Clementine chegou a Portugal para esta digressão apenas dois dias após ter sido galardoado com um dos mais conceituados prémios da indústria musical – o Mercury Prize. “At Least For Now“, o seu disco de estreia, foi distinguido como o melhor álbum de 2015 editado no Reino Unido, sendo o grande vencedor de uma shortlist onde se encontravam nomes como Jamie XX, Peaches, Florence + The Machine ou Wolf Alice.