Em 2019, Miguel Araújo estreia “Casca de Noz”, a sua nova digressão a solo que termina no Coliseu do Porto
13/12/2018Cartaz: Nicolau
“Casca de Noz” serei eu sozinho no palco, à deriva, por entre guitarras, ukeleles, um piano e as minhas canções. As que sou eu que canto e as que fiz para serem cantadas por outros. E as que vierem a propósito na altura, dos autores que são a raíz de tudo aquilo que eu faço. “Casca de Noz” é a imagem dessa embarcação frágil, que pode colapsar e afundar a qualquer momento. Mas também é a expressão que os anglófonos usam quando querem recorrer ao poder da síntese. “Casca de Noz” é também imagem de coisa robusta. Podem ser as músicas e essa força de poderem existir como quando nasceram, tocadas só ao piano ou à guitarra. Ando sempre à procura dessas canções. Aquelas que caem na rede de caçar borboletas que um compositor nunca recolhe. Sonho com aquelas que, de tão imensas, cabem dentro duma casca de noz.
Miguel Araújo
Entre Fevereiro e Junho de 2019, Miguel Araújo visita as salas e teatros mais emblemáticos do país, para apresentar o seu novo concerto a solo, “Casca de Noz”. A digressão termina a 15 de Junho, numa noite única, no Coliseu do Porto Ageas. Sozinho em palco, Miguel Araújo apresenta um espectáculo intimista, com um cenário envolvente, da autoria de Ana Sequeira, e que terá também um pouco de storytelling a pontuar a interpretação dos seus maiores êxitos e de algumas novas canções. Consulte abaixo todas as datas e informação de bilheteira.
Considerado um dos melhores compositores-intérpretes da sua geração, Miguel Araújo foi convidado a criar uma canção para o genérico do programa de televisão Alta Definição, que acabou por se tornar no single, recentemente lançado, “Ainda Estamos Aqui”.
Autor de alguns dos maiores sucessos da música portuguesa contemporânea, como “Anda comigo ver os aviões”, “Os maridos das outras”, “Quem és tu Miúda”, “Nos desenhos animados (nunca acaba mal)”, “Pica do Sete”, “Dona Laura”, ou “Balada Astral”, Miguel Araújo é também escritor. O livro “Penas de Pato – Ver a vida a passar da varanda” inclui crônicas já publicadas na revista Visão (onde escreve de duas em duas semanas), três contos inéditos e outros textos novos. Num mundo onde toda a gente discute as grandes questões, Miguel Araújo detém-se nas pequenas, nos detalhes maravilhosos, nas particularidades ínfimas que nos escapam no dia-a-dia, confirmando a inteligência, a sensibilidade e olhar arguto que lhe reconhecemos da escrita de canções. Como um realizador, o artista desvia a câmara dos protagonistas para se focar nos figurantes, que, ao fundo da cena, circulam, vivem, fantasiam, sem que ninguém os ouça ou lhes dê atenção.
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